A Konami anunciou nessa última semana uma série de parcerias com times brasileiros, que terão maior destaque no próximo game da franquia Pro Evolution Soccer, que chega no fim desse ano.
Entre os times confirmados como parceiros oficiais do PES em 2019, estão Flamengo, Palmeiras, São Paulo, Vasco e mais recentemente o Corinthians (que acabou fechando com a empresa japonesa essa semana). Todas essas equipes serão representadas de maneira bastante fiel dentro do game, incluindo uniformes, elenco completo e aparência real de jogadores importantes do time. Isso sem contar os estádios brasileiros como o Morumbi, a Arena Corinthians e o Allianz Parque, que serão exclusivos do novo jogo.
Até ai, tudo maravilha. Apesar de ter perdido os direitos de licença da Champions League para o FIFA, a Konami resolveu apostar em exclusividade nesses últimos tempos. Além dos times brasileiros, clubes de maior expressão na Europa, como Barcelona, Liverpool e Milan também fecharam acordo com a empresa.
Esse tipo de parceria com clubes e jogadores, além de algumas ligas sul-americanas e europeias, é a estratégia da Konami para atrair os jogadores, já que o grau de fidelidade dos times parceiros é muito maior do que o retratado no FIFA 19. Porém a diferença é que aqui no Brasil, os acordos são completamente separados entre os clubes, o que acaba fazendo o negócio ser mais difícil.
Muitas vezes os dirigentes dos clubes acabam sendo muitos egoístas e querem apenas que seus clubes ganhem mais que os outros, o que acabando mostrando o “racha” entre os times brasileiros nos videogames. Dá pra fazer até um paralelo com a situação que envolve hoje as cotas de TV, onde os times fazem acordos singulares e acabando recebendo mais que os outros por isso.
Não há qualquer tipo de organização por parte da CBF ou dos próprios clubes se engajarem para isso, como acontece na Inglaterra ou Espanha. Sendo assim, fica difícil para a EA e a Konami garimparem acordos unitários com as equipes. Deveríamos ter pelo menos um acordo básico que responsa por todos, fazendo esse agrupamento com todos os clubes da Série A do Brasileirão, recebendo parcelas iguais por isso, assim como os jogadores, que também reclamam de não receber seu direito de imagem.
Sendo assim, nossa liga brasileira acaba ficando sem expressão, com apenas alguns times sendo protagonistas e outros acabando por esquecidos, as vezes até sem escudo oficial e com jogadores representados por nomes genéricos.
Como torcedor, ainda tenho esperanças de que isso mude e que no futuro tenhamos um Campeonato Brasileiro totalmente oficial dentro dos jogos, mas isso vai depender do bom senso de quem dirige o nosso futebol, infelizmente…