“Bad Boys, Bad Boys, whatcha gonna do?…”
O terceiro episódio da franquia estrelada por Will Smith e Martin Lawrence chega para trazer um “desfecho” para a história dos dois policiais, após 17 anos sem um novo filme. E diferente dos filmes anteriores, nesse os protagonistas estão mais maduros e precisam lidar com assuntos mais sérios que apenas prender bandidos.
Enquanto vemos o detetive Mike Lowrey (Will Smith) em pleno vigor físico e disposto a continuar muitos anos ainda atuando na polícia de Miami, Marcus (Martin Lawrence) está cada vez mais convicto que a aposentadoria está finalmente chegando e que é hora de parar. Principalmente agora que Marcus se tornou avô…
Assim, o detetive precisa contar ao seu parceiro sobre a decisão que tomou e claro que Mike não gosta nada da ideia. Mas os dois são pegos de surpresa, quando uma série de ataques a policiais começa a acontecer nos arredores de Miami e Mike acaba sendo o primeiro alvo da lista, sendo baleado por um homem misterioso e deixando o policial em coma.
O atirador em questão é Armando Aretas, filho da viúva de um ex-chefe de Cartel no México, preso na época em uma operação da policia dos EUA em que Mike fazia parte, muito antes dos “Bad Boys”. Após sair da cadeia, a mãe de Armando jurou vingança a todos que atuaram naquela operação e pediu ao filho para eliminar um a um, deixando Mike por último (coisa que o filho desobedeceu logo de início).
Após se recuperar do atentado que sofreu, Mike vê quase todos os seus companheiros da polícia sendo mortos por Armando e tenta convencer Marcus a sair da aposentadoria e ajudá-lo uma última vez a colocar esse assassino na cadeia. Ele só não contava que um novo grupo de operações da polícia chamado AMMO iria ser indicado para investigar o caso no lugar dos dois detetives.
E aí que se desenrola a história, numa pegada bem “Bad Boys” mesmo, com ação pra caramba e piadas em momentos bem descontraídos entre os dois atores. O filme faz jus a tudo aquilo que foi construído nos dois anteriores e sabe lidar bastante com a idade dos atores, sem nenhuma cena de ação exagerada ou que nos faça duvidar da capacidade deles (a cena da motocicleta no final exemplifica bem isso que eu to dizendo, haha).
Os vilões não são lá um primor nesse filme, mas dão pro gasto. Acho que valeu muito mais a tentativa de trazer novamente Mike e Marcus para as telonas em uma nova aventura e mostrar como eles estariam hoje, já que ficamos quase 2 décadas sem uma conclusão boa para os dois personagens. E o filme vende muito isso ideia, aquele clima nostálgico com uma sensação de renovação para a franquia criada por Michael Bay nos Anos 90.
Mas é isso, Bad Boys For Life (Para Sempre) cumpre muito bem seu papel dentro da franquia. Apesar da demora, valeu a pena esperar pra ver Will Smith e Martin Lawrence juntos novamente no cinema. A ação e a comédia foram na dose certa, apesar de não ser um “filmão” como se espera no final de qualquer trilogia.
E já foi informado que um quarto filme estaria em produção, mas na minha opinião o terceiro já serve como desfecho para a história de Mike & Marcus (espero que esse próximo seja mais uma passagem de bastão, mas por favor não coloquem o Jaden Smith como substituto do pai dele…).