Quase 7 anos atrás a DC Comics, famosa pelos seus desenhos animados, resolveu fazer algo diferente do que estávamos acostumados no universo das animações de super-herói.
Seguindo os moldes do que estava sendo feito pela Marvel e pela própria DC nos cinemas, a divisão de animações também resolveu criar seu próprio universo compartilhado, interligando os filmes de herói e criando conexões entre suas histórias. Após uma mudança na linha tempo feita por Flash na animação Justice League: The Flashpoint Paradox (2013), um universo novo acabou então sendo “criado”.
E dando início a esse novo universo temos Justice League: War (Liga da Justiça: Guerra), lançado em 2014. O filme que trazia heróis como Superman, Batman, Mulher-Maravilha, entre outros se unindo para impedir a invasão de Darkseid à Terra foi o primeiro de uma série de 15 animações, que apresentaram os heróis da DC a uma nova geração e expandiram ainda mais o universo da editora.
E após todos esses anos, o desfecho dessa saga veio finalmente com Justice League Dark: Apokolips War, o último filme desse universo compartilhado das animações da DC. O filme reúne praticamente todos os personagens que já apareceram nas animações, trazendo a Liga da Justiça, os Titãs, a Bat-Família e até mesmo o Esquadrão Suicida unidos por um objetivo em comum, deter novamente Darkseid e seus planos malignos.
Só que dessa vez o vilão não está aqui na Terra, mas sim em seu planeta Apokolips, protegido por uma legião de máquinas e um exército de parademônios. E é ai que a trama do filme se desenrola, quando Superman, líder da Liga da Justiça, convoca seus membros para atacarem o planeta e derrotarem Darkseid de uma vez por todas. Porém, o plano do azulão acaba não saindo como planejado…
O filme acaba tendo um tom bem mais “sinistro” que as outras animações do universo compartilhado, justamente para mostrar o quão poderoso o exército de Darkseid pode ser em combate. Os heróis da Liga da Justiça só não contavam que teriam que enfrentar uma espécie de “novos” parademônios, agora geneticamente modificados utilizando o DNA kriptoniano, o que os deixa ainda mais fortes que o normal.
É ai que personagens até então não tão bem explorados no filme, começam a realmente fazer a diferença. Constantine, Etrigan, Ravena e Damian Wayne, juntamente com Lois Lane e Superman (ainda debilitado da batalha contra Darkseid), criam um plano quase impossível para tentar parar Darkseid e impedir que ele destrua a Terra, que já tem sua energia vital sendo “sugada” pelas máquinas do vilão. Até o Esquadrão Suicida entra na parada, agora liderado por Arlequina.
A batalha final é eletrizante do começo ao fim, já que Darkseid e seu exército são praticamente invencíveis a esse ponto. E é isso que os fãs que acompanharam a saga desde o início gostariam de ver no final, um encerramento que pudesse extrair o melhor dos heróis e da história apresentada em todos esses anos, com diversas referências aos filmes anteriores.
Claro que, sem spoilers aqui, o final do filme não é exatamente aquilo que a maioria dos fãs de super-heróis esperam que aconteça, mas é um final digno para tudo o que foi construído e que acaba fazendo bastante sentido, se nos basearmos naquilo que The Flashpoint Paradox iniciou lá em 2013. E Constantine é um show a parte nesse filme, já que toda a história gira meio que em torno dele, deixando-o sempre em evidência para fazer suas piadas desnecessárias (hah).
Fica o aprendizado quem sabe até para a Warner, de como um “universo de super-heróis” deveria ser construído (haha). Além do mais, muita gente acabou comparando o final escolhido para esse filme com o final de Vingadores: Ultimato. O que posso adiantar é que você vai se surpreender muito com o que acontece no final de Justice League Dark: Apokolips War, mais do que com qualquer outro final de filme de super-herói.