Com o fracasso de Kraven, a Sony acabou desistindo da ideia de lançar novos projetos “solo” situados no universo do Homem-Aranha. O novo filme fez míseros 11 milhões no primeiro final de semana nos EUA, sendo a pior abertura de um filme do “Sonyverso”, ficando abaixo até de Madame Teia.
A Sony teve então que recalcular a rota e definir um novo rumo para os filmes do seu estúdio. O público certamente não comprou a ideia de um universo cinematográfico onde o Homem-Aranha não é o grande protagonista. Além da trilogia de Venom, a Sony também tentou emplacar outros três filmes: Morbius, Madame Teia e Kraven, O Caçador.
Atualmente o único projeto ativo é Homem-Aranha 4, que terá novamente Tom Holland interpretando o teioso. O filme tem previsão de chegar aos cinemas apenas em 2026.
Mas voltando ao Aranhaverso, o fato de termos apenas “filmes de vilões” não foi o maior problema, já que aparentemente Venom conseguiu superar isso. O simbionte ganhou o público pelo seu carisma e foi aos trancos e barrancos garantindo seu espaço.
Já falta de qualidade dos outros filmes foi o que mais atrapalhou a Sony, como podemos ver em Madame Teia, principalmente. Um roteiro totalmente mal escrito, que tenta apresentar várias personagens do universo do Aranha ao mesmo tempo e tem falas tão ruins, ao ponto de algumas cenas virarem “meme” na internet.
Morbius e Kraven não ficam de fora dessa crítica, já que a Sony tentou replicar o sucesso de Venom transformando os personagens em “heróis”, algo que eles nunca foram. Como vilões do Homem-Aranha eles são excelentes, mas fora disso, os dois nunca tiveram todo esse clamor popular para ganharem histórias solo no cinema.
A Marvel negou que tenha barrado a Sony de usar o herói aracnídeo nos seus outros projetos. O estúdio poderia muito bem ter incluído Tom Holland em seus filmes, mas optou por fazer um universo separado, onde os vilões do Aranha seriam os verdadeiros protagonistas.
Talvez a falta de ligação entre as franquias e algumas decisões ruins do estúdio fizeram com que os nerds (e especialmente o público geral) perdessem o interesse pelo o que estava sendo construído ali. A promessa de que teríamos um filme do “Sexteto Sinistro”, que foi idealizada ainda nos tempos do Aranha de Andrew Garfield, era o que os fãs imaginavam que aconteceria após essa leva de filme de vilões.
Pra completar, o estúdio acabou deixando diversas pontas soltas e trouxe ainda mais dúvidas aos fãs com cenas pós-créditos confusas, como a de Morbius, que trazia o Abutre do MCU pro Sonyverso. Outro pós-creditos sem sentido veio em Venom 2, quando o vilão foi pro MCU e parecia conhecer o Homem-Aranha, mesmo o teioso nunca tendo aparecido em seu universo. Isso sem contar o último filme do simbionte, que promete uma vinda à Terra do deus ancestral Knull, algo que provavelmente não veremos mais nos cinemas.
No final, tudo acabou indo por água abaixo. Infelizmente a Sony não conseguiu emplacar muitos sucessos e assim como a DC fez anteriormente, também abandonou o seu universo no meio do caminho. Nos resta esperar agora que Homem-Aranha 4 seja realmente um novo marco pro estúdio e que a Sony se distancie ainda mais do que foi um dia a tentativa de criar um “Aranhaverso”.