Não é segredo pra ninguém que a DC Comics acabou perdendo a guerra dos filmes de super-heróis pra Marvel de uns tempos pra cá. Desde o início promissor com Man of Steel (2013) até o fracasso absoluto de The Flash (2023), foram 10 anos da empresa apanhando sem dó da concorrente.
Foi aí que um nome surgiu na DC pra tentar consertar todo o estrago e deram o cargo de presidente da DC Studios para ninguém menos que James Gunn, responsável pelo sucesso de Guardiões da Galáxia, que juntamente com Peter Saffran, remonado produtor de Hollywood, precisavam traçar um novo plano para as produções da DC.
Gunn já havia trabalhado anteriormente com a DC, dirigindo o novo filme do Esquadrão Suicida e também uma série spin-off focada no Pacificador. 
Até então as suas produções “solo” não tinham ligação com o DCEU, universo criado por Zack Snyder em 2013, mas também não desmentiam fazerem parte do mesmo universo. Tanto que atores como Jason Momoa (Aquaman) e Ezra Miller (Flash) fizeram uma ponta em Pacificador, além da volta de Margot Robbie (Arlequina) e Viola Davis (Amanda Waller) no filme do Esquadrão Suicida dirigido por Gunn.
Depois de alguns meses de desenvolvimento, o diretor anunciou uma lista de filmes, animações e séries para TV, com 10 produções novas que irão explorar diferentes personagens do universo DC. Entre os anúncios, estavam um novo filme do Superman, uma série dos Lanternas Verdes produzida pela HBO, um longa focado na dupla dinâmica, Batman & Robin e uma produção explorando os primórdios da Ilha das Amazonas.
A proposta era simples, construir um novo universo DC baseado nessas histórias escolhidas por James Gunn. Em entrevistas recentes, o diretor avisou que o DCU que ele está criando não necessariamente precisa de histórias de origem, já que os super-heróis parecem estar atuando já há algum tempo.
Porém a dúvida que fica é: Tá, mas qual produção então dará início a esse novo universo? Creature Commandos, que estreia ainda esse ano no Max, seria realmente o primeiro passo dessa nova história? Ou tudo começa a valer mesmo só a partir do filme do Superman nos cinemas? Ou pior, e se esse universo já começou faz tempo e a gente não percebeu?
O que mais me intriga nisso tudo é que o diretor não abriu mão das suas produções do passado e já até gravou uma segunda temporada de Pacificador, que será lançada em 2025, logo após o filme do Superman. Além disso, um outro personagem icônico de Esquadrão Suicida, o Doninha (Weasel), participa da nova animação Creature Commandos, ou seja, ele também fará parte do novo DCU.
Aparentemente, a estratégia de Gunn de criar inicialmente o seu próprio universo separado com Esquadrão Suicida (o Gunnverse) e agora tentar incorporá-lo ao novo DCU pode dar certo, mas os fãs certamente ficarão confusos. As referências que foram feitas no passado à Liga da Justiça e ao DCEU (antigo universo da DC) ainda estão frescas na memória e o filme do Flash, que deveria ter passado uma borracha em tudo, não resetou nada e só piorou as coisas.
Até o momento, o diretor faz jogo duro e não dá pistas do que está por vir. Parece que só vamos descobrir mesmo o que é esse “novo universo DC“, assistindo a animação Creature Commandos, que estreia agora no dia 5 de Dezembro.