Categorias
Filmes Posts

Eai, como fica o universo da DC nos cinemas agora depois do Snyder Cut?

Com o lançamento de Zack Snyder’s Justice League, muita gente anda se perguntando como será o futuro da DC nos cinemas. O filme retomou uma perspectiva antiga que Snyder tinha do universo que estava criando, mas que foi deixada de lado pela Warner após a saída do diretor.

Após o “fracasso” de crítica e bilheteria do filme da Liga da Justiça (finalizado por Joss Whedon em 2017), o estúdio resolveu tomar outro rumo em suas produções. A Warner acabou dando mais liberdade para seus diretores e focou em histórias individuais, sem as amarras de um universo compartilhado. A primeira tentativa desse novo formato foi Aquaman, que se tornou um enorme sucesso e acabou fazendo mais de 1 bilhão de dólares de bilheteria em poucas semanas de exibição.

O filme estrelado por Jason Momoa contou a história de origem do herói de forma separada e sem conexões muito diretas com o filme da Liga da Justiça. Focando inteiramente na mitologia de Atlântida e no universo do personagem, o longa estabeleceu um novo jeito de fazer filmes dentro do universo da DC, com um tom bem mais leve e engraçado, diferente do que Snyder havia planejado inicialmente.

Em seguida, tivemos Shazam que foi considerado um sucesso entre o público e crítica, também seguindo uma vertente totalmente diferente dos filmes anteriores da DC. Apesar das referências a outros heróis, como Batman e Superman, o filme consegue seguir seu próprio caminho, pavimentando sua franquia sem depender tanto das outras produções do estúdio (inclusive do spin-off já anunciado do Adão Negro, que acabou nem sendo citado diretamente pelo filme).

Tanto Aquaman, quanto Shazam já tiveram suas continuações anunciadas e devem seguir sua história baseado nos ganchos deixados nos primeiros longas, sem a necessidade de se preocupar com um futuro filme da Liga da Justiça ou evento dentro do universo que estão inseridos. A mesma coisa aconteceu recentemente com Mulher-Maravilha 1984 e o novo Esquadrão Suicida, que se “desvencilharam” dos padrões estabelecidos nos filmes anteriores e focaram na sua própria identidade visual, algo diferente do sombrio e realista que tentavam ser.

Agora assistindo o “Snyder Cut”, parece que muita coisa no universo acabou ficando contraditória, como o fato do pai da Mera ainda estar vivo no filme do Aquaman (já que na versão de Snyder, a própria atlante fala que seus pais morreram) ou da Mulher-Maravilha atuar nos anos 80 ajudando os humanos, ao invés de estar reclusa desde a Primeira Guerra Mundial.

Porém, se analisarmos que a Warner está considerando o filme de 2017 como cânone e não mais o Snyder Cut, as franquias parecem estar alinhadas a essa ideia. O que temos então atualmente é um universo “compartilhado”, onde as franquias não necessariamente irão conversar entre si, já que estão focadas na sua própria linha narrativa. Isso até o filme do Flash estrear em 2022, o que pode mudar tudo…

O filme do velocista está sendo tratado com um verdadeiro “reinício” para a DC nos cinemas, com um possível reboot do universo trazendo todas as franquias novamente para um mesmo “ponto de ignição”. Nele será apresentado o conceito do Multiverso, onde todas as franquias podem interagir entre elas, apesar de serem universos distintos. O que acaba sendo interessante, uma vez que todas as produções que a DC já fez em sua história (incluindo filmes e séries de TV), podem de alguma forma aparecer nesse futuro.

Quem sabe com esse novo conceito, até o próprio “Snyderverse” possa ter uma continuação como muitos fãs querem. A Warner não necessariamente precisa retomar as ideias do Snyder para o seu universo (uma vez que a mudança já vinha sendo feita), mas talvez tratar o Knightmare como uma realidade paralela aos seus filmes atuais e também inseri-lo em seu Multiverso, continuando-o de alguma forma.

Bom, o que nos resta agora é aguardar o futuro da DC nos cinemas e ver como essas peças vão se encaixar lá na frente….