Mais de 20 anos de passaram desde o lançamento do primeiro Tomb Raider para os consoles. Ao longo de todo esse tempo, Lara Croft se firmou como uma das maiores protagonistas femininas do mundo dos games, pavimentando o caminho para muitas das heroínas que temos hoje.
Ao longo desses anos, a franquia passou por muitas mudanças, sendo que a mais profunda ocorreu em 2013, quando Tomb Raider foi completamente reformulado. Lara Croft deixou de ser uma personagem hiper-sexualizada, e tornou-se muito mais humana. E é neste reboot que o filme se baseia.
Estrelado por Alicia Vikander (A Garota Dinamarquesa, Ex-Machina), o filme mostra a primeira aventura de Lara Croft, que embarca em uma jornada em busca de seu pai, que desapareceu em uma expedição para uma ilha remota no Mar do Japão. Em muitos aspectos, o roteiro é bastante semelhante ao jogo de 2013, que também mostrava uma Lara Croft inexperiente, tentando sobreviver em um ambiente extremamente hostil.
Por falar em Lara Croft, a protagonista é uma das surpresas positivas do filme. Vikander realmente convence no papel, passando para a tela toda a força e coragem da personagem. Para atingir a forma física mostrada no filme, a atriz ganhou mais de 6kg de músculo, e realizou a maior parte das cenas perigosas sem dublê.
Como comentei num parágrafo anterior, o filme se aproxima do game em apenas alguns aspectos. Nos momentos em que o filme é “original” a aventura se torna um tanto quanto linear e previsível. Logo nos momentos iniciais do filme já temos uma ideia de quem são os vilões e qual sua motivação, sem os famosos “plot-twists” tão comuns nos dias de hoje.
De forma geral, Tomb Raider: A Origem é uma aventura descompromissada, e consegue se afastar um pouco da máxima de que todo filme baseado em jogos de videogame é ruim. Embora seja uma aventura “redondinha”, há algumas aberturas no filme para uma continuação. E não, não tem cenas pós créditos!